terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

                         Trajes da Escola Portuguesa de Arte Equestre                                                             

Homem de sentido estético, teimoso, grande amigo e entusiasta da EPAE, José António Torcato Freitas, foi o principal responsável pela concepção do traje actual utilizado na Escola.
Depois de muitas trocas de impressões com o Sr. Eng.º Fernando d’Andrade, os Fundadores da Escola e outros colaboradores, manteve a sua teimosia, em que o traje deveria ser “bordeaux” e não “azul”, como era pretensão dos primeiros
Esta teimosia, quanto a mim, baseou-se principalmente, num quadro, do séc. XVIII, existente no Museu dos Coches, em que há um carrossel, no Terreiro do Paço, com dezenas de cavalos de pelagem castanha, em que os cavaleiros vêm vestidos com casacas da referida cor.
A existência deste quadro, nunca foi por Ele divulgada ao grupo!
                                           
                                                           TRAJE DE GALA

Casaca comprida, até a dobra do joelho, de veludo “bordeaux”, com gola preta, galão dourado e preto, aberta à frente, com grandes botões dourados, com as armas de D. João V, em baixo relevo.
Sob a casaca, colete branco de seda, relativamente comprido, com bolsos laterais, ajustado nas costas com duas presilhas de tecido atadas.
Camisa branca, sem colarinho, de manga comprida, punho duplo e botões de punho.
“Plastron” branco, em volta do pescoço, cruzado à frente, aparecendo debaixo do primeiro botão do
                                                  
                                                            TRAJE DE TRABALHO.
O traje de trabalho, de Verão é exactamente igual ao de gala, sem casaca de veludo, montando os cavaleiros em colete com as mangas da camisa branca, à vista.

No traje de trabalho de Inverno, o colete branco é substituído, por um colete de veludo “bordeaux”, com mangas, botões dourados, galão dourado e preto.
Impermeável preto comprido, cobrindo a coxa e ajustando-se na polaina, com o escudo amarelo da EPAE no peitoral esquerdo.
Gabão castanho, de gola de raposa (vulgo capote à alentejana).
Tanto no traje de trabalho como de gala:

O calção creme é de cós alto, justo a coxa, com quatro botões dourados acima do joelho, dispensando a abertura lateral, usada na época, dado que os tecidos actuais são elásticos sendo mais fáceis de vestir.

Para se manterem esticados, têm atilhos de nastro nas canelas e são suspensos dos ombros por suspensórios.
Meia de seda branca comprida, saindo da polaina superiormente, cobrindo o joelho.

Bota preta de couro, de elástico e salto de prateleira.

Polainas pretas de couro, com abertura em “V” à frente do joelho, apertadas lateralmente em “folha de oliveira”.
Esporas de prateleira, em metal amarelo, com braços compridos, de secção triangular, de pua recta e roseta, de correia larga, no peito do pé, com fivela quadrada, apertando na face externa do pé.


                                                         
                                                           

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